25 setembro 2007

REvisitado II

HÁ UM ANO, foi assim...



MEGACITIES, um documentário arrojado de Michael Glawogger que observa à lupa o submundo de Bombaim, México, Moscovo e Nova Iorque, quatro exemplos de metrópoles excessivamente povoadas, monstros simultaneamente sedutores e repelentes. Em doze capítulos e onze testemunhos, o realizador esboça um retrato destas populações, e da sua luta diária pela sobrevivência. Mas têm também em comum a resistência e a esperança, a coragem e a dignidade. Porque se este é um documento sobre trabalho, miséria, violência, amor e sexo, é-o também sobre a beleza das pessoas.
(na página indie lisboa)


E foi um murro no estômago. Bem forte. Bem duro.
O realizador apresentava as imagens e as pessoas. Seguíamos as suas vidas. E dá náuseas ver como se vive. E ficamos a sentir-nos estúpidos nas nossas queixas, porque se fosse eu a viver assim desistia. E eles atiram-se para a vida "como jactos para fora da terra".
Foi um murro no estômago. E eu achei importante saber.



HOJE FOI ASSIM...

“Um documentário musical experimental”. É assim que Timo Novotny descreve LIFE IN LOOPS. Partindo de “Megacities”, de Michael Glawogger e recorrendo aos brutos que este realizador não utilizou no filme, Novotny editou tudo e juntou-lhe ainda novas imagens de Tóquio. Se isto por si só não bastasse, acrescente-se ainda a música dos Sofa Surfers que completa esta estrondosa viagem à volta do mundo. Novotny consegue transformar o sangrento trabalho do talhante numa espécie de coreografia de música clássica. LIFE IN LOOPS é, ao mesmo tempo, fascinante e uma exigente experiência sensorial. (na página indie lisboa)

E foi um murro no estômago. Mas com a música, ritmada na repetição dos gestos. Impressionante como combina os movimentos das pessoas e das cidades com a música, como se tivessem filmado, de facto, com ela por fundo.
E foi um murro. E eu achei importante saber.


Quem me dera saber filmar como Michael Glawogger.
Quem me dera saber montar como Timo Novotny.

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