28 outubro 2007

Um mês


















Não consegui tirar os olhos dela. Não consegui deixar de pensar como está bonita, como cresceu, mulher.
A minha amiga está gigante.

Quando vivemos tantos-tantos-tantos dias nas nossas coisas, nas nossas páginas, na nossa preocupação, no nosso tempo, podemos esquecer o sentido do que fazemos. Tem sentido? Ou... tem todo este sentido? O primeiro impacto, quando alguém assim bonita nos conta apaixonada de outras ideias, é pensar que o que fazemos é sem graça, é sem rasgo. Ficamos tristes. Depois, vem outra vez a gémea mais destemida, e encontra sentido. Nem que seja à força, temos de encontrar sentido, vamos lá. Não é mesmo hora de desânimo.
Conduz-se para casa sem dar conta do caminho. Ainda assim pensamos “tem sentido?”.
Às vezes queria mesmo ser capaz de dar tréguas a esta pergunta.

Hoje não,
mas, mais um mês e a minha vida muda.

(gosto muito desta publicidade, faz-me rir!)

2 comentários:

Anónimo disse...

quando as coisas acontecem, uma das melhores partes é partilhar com os amigos, e tu és muito especial nesta parte, és muitas vezes a 1a pessoa em quem penso...baixinho começo a sorrir e uma voz interior diz: Ai, mal posso esperar para contar à inês! Porque sei que poderemos festejar juntas, e só assim as coisas tomam finalmente sentido. falamos a mesma língua :)
E inês, o que fazemos nunca é sem rasgo. O que tu fazes é sem dúvida com muito rasgo, muito corajoso, com muito sentido. às vezes eu tenho o pensamento igualzinho ao teu, mas para o lado contrário: que sentido faz o que faço? isto muda o quê?
adoro-te.

my name disse...

Mas é talvez por isso que tu enveredaste pelos documentários. E vais ver que farás um cheio de sentido (se bem que o sentido que as pessoas põem naquilo que fazem dava era uma longa metragem... infinita metragem)
Ainda assim acho graça a quando entramos naquela fase de querermos ser de outra maneira e pomo-nos a imaginar enquanto falamos... um silêncio... e depois rimo-nos e dizemos "Naaaaa... não dá! É que não dá mesmo!" :)