09 março 2008

Elogio da mochila


Quando fiz 9 anos a família mais alargada juntou-se para me oferecer uma boa mochila de campismo. Fiquei feliz da vida e todos brincaram comigo porque conseguiram provar que eu cabia lá dentro, dando para fechar a mochila. Logo nas primeiras utilizações tive a oportunidade de rebolar no chão impulsionada pelo seu peso e grandeza, mas como não era a única não me envergonhei.
A mochila fez quase todas as viagens que fiz, as da minha irmã e até já foi duas vezes ao Peru, com um tio e mais tarde com um amigo, sendo que eu nunca lá pus um pé!
Vai acusando inegáveis sinais de velhice, uns alfinetes e umas peças e linhas diferentes umas das outras. Mas a mochila vai onde eu vou, vai ao ritmo que eu vou, e eu acho que combina comigo. É que eu DETESTO malas de rodinhas!!! Elas tropeçam em todo o lado, viram-se, caem, ficam presas, não sobem os degraus de escadas, prendem uma mão e perseguem-me com aquele barulho irritante. Se elas, ao menos, tivessem motor e andassem sozinhas!! Só as uso quando me sinto muito pressionada a fazer melhor figura… mas a verdade é que sou um bocado distraída demais para me aperceber dessas pressões.

3 comentários:

Anónimo disse...

experimenta passar num aeroporto com excesso de peso... (assim coisa pouca, tipo 50 kg num voo europeu). vais ver que ajuda se quem te fizer o check-in for um assistente jeitoso com um sorriso simpático, se tu própria te sentires simpática e jeitosa, e se a tua mala tiver, debaixo dos ditos 50kg, um par de rodinhas muito sexys.
de resto, eu tenho uma escoliose, uma hemi-sacralização da última vertebra lombar e sou mariquinhas q.b.: prefiro arrastar 50 kg, mesmo que eles tropecem pelo caminho, do que alombar com eles no que resta da minha coluna. ah pois é!(;

Rosa Negra disse...

Também gosto da mochila, é uma companheira de viagem, levamos a vida lá dentro e nunca nos deixa ficar mal (a não ser quando o fundo rompe, mas enfim).

my name disse...

querida entreprts, é que eu tenho outra coisa... eu nunca levo peso a mais! contingências de deixar sempre a mala para o últimos dos últimos tempos e de nunca ter morado fora (que eu sei que aí complica)