13 setembro 2010

Estar perto












Ele e ela já tinham falado.
Vinham encantados de lá. Com os pormenores. Com o verde e a paz daquele lugar. Com o jeito da dona da casa.
Já tínhamos (um de cada vez) tentado... mas não podia ser, não tinham quartos disponíveis.
Mas desta vez sim. Tu marcaste. Fomos os dois.
E gostámos tanto daquela quinta, da água a correr, dos espelhos que se espelham uns aos outros, da elegancia e do bom gosto da casa.
Foi bom ouvir e sentir "Façam como se estivessem em vossa casa, é assim que funcionamos aqui."
E tu disseste-lhe que eu tinha ficado com vontade de viver assim também... E era mesmo verdade!
Ela explicava: Quero podar, podo. Quero dormir, durmo. Apetece ler, leio.
(não será sempre assim, claro, mas é essa parte da vida que ela valoriza, que ela agarra, que ela transmite...)
Conversas sobre sabedoria e serenidade.
Nadar e ler (ao sol ou à sombra) passear.

No final, só no final, dissemos-lhe que tinha sido um casal amigo a recomendar-nos aquela casa.
Ela surpreendeu-se e disse... "Ah...! Não me digam... vocês têm-me lembrado muito um casal que aqui esteve!" Estava incrédula.
Depois, enquanto nos encaminhava pela sua casa bonita até a um livro, disse: "Esse casal escreveu aqui um texto, e eu leio-o muitas-muitas vezes. Não estou a acreditar..."
Folheava distraída o livro sem olhar para ele. E eu em um segundo disse imediatamente "São estes!" (reconheci a letra da minha queria L).
Ela ficou boquiaberta.
Disse... "São estes sim, foi deles que me lembrei nestes dias aqui convosco.
Diga-lhes que leio este texto muitas vezes, especialmente nos dias em que estou mais "xururu", faz-me tão bem..."

À L e ao A
Amigos queridos. Ligações.


A dona da casa ficou com vontade de conhecer a pequena A também.

1 comentário:

Anónimo disse...

os laços sabem bem...

beijo da songa