23 maio 2007

lo que se lleva















Este post começa assim: estou farta que se diga que o “interior” das pessoas é muito maior que aquilo que mostram. Eu sei que até é muitas vezes assim e é bonito descobrir devagar, bem devagar.
Mas estou farta.
Há alguma outra forma de ser mais verdadeiro que mostrar, enfrentar ou admitir quem somos? De que vale pensarmos muito bem para dentro? De que vale sermos inteligentes para dentro? De que vale um carinho que não nos sai do corpo? De que vale uma exigência que se cala?
Apetece-me abrir janelas hoje!














Mas as janelas que gosto são as que mostram o que existe e não o que se enfeita.
Pela minha janela acho que há sempre pouco para ver, parece uma “narrativa” tão integrada que não consigo separar em partes, em partes em que alguém se possa deter e ver lentamente.
As personalidades espaçosas enfeitam, demonstram histórias de vida e convicções extraordinárias… Umas vezes são, muitas vezes não.
Por isso, gosto das janelas abertas para dizer serenamente verdade: Chateia-me; É injusto; É incrível; É mentira; Aquilo vale a pena; Não vou porque; Gosto e pronto; Isso é conversa fiada porque; Escolho assim com estas razões; Vai embora; Quero ver-te.

3 comentários:

Maria disse...

"abriste a janela e voaste..."
sim, janelas abertas! Dá-nos um leque de possibilidades imensas...deixa o ventinho passar, ouvimos as vozes de quem passa lá em baixo, sentimo-nos mais livres, nada a esconder. aqui estou eu. esta é a minha janela. hihi. serena. pela tua janela vê-se um mundo bem bonito, inês...

palmo_e_meio disse...

Tens muita razão.. mas às vezes o saber-estar também é importante, desde que a janela continue aberta ;)

catarina disse...

:)
eu gosto de janelas semi-abertas... mas isso só porque há poucos prazeres iguais ao de as ir abrindo devagarinho.