17 julho 2007

Paragem

















Fernando Nobre...
"Após (…) mais de 120 países, dos quais cerca de 60 em missões humanitárias concretas (pelos Médecins Sans Frontières e pela AMI) , após ter visto e sofrido a presença de milhares de mortos e ouvido os choros, risos, gritos e protestos quase sempre silenciosos de milhares de pessoas de todas as raças, culturas e credos, dos Himalaias ao Sahel, da Amazónia ao Sara, da Papua a Manhattan, do Nilo ao Ganges, de Jerusalém à Babilónia… após ter presenciado in loco o trágico 11 de Setembro de 2001."

Consegue escrever:
"Quero deixar claro (..) quais são as minhas opções: a Liberdade e a Solidariedade."

"Porque acredito que a Sabedoria se sustenta na força das acções e convicções e na beleza das ideias e das utopias generosas; e porque sou um optimista informado e inveterado, quero crer que, como terá dito seguramente um sábio, «o optimismo da vontade se sobreporá ao pessimismo da razão»."


Depois de um serão que me disse exactamente aquilo que eu sentia e nunca mo tinham dito. Não adianta pensar que partimos (seja África, América do Sul, Ásia) e vamos levar alguma coisa, quanto mais pensar que mudamos coisa alguma. As coisas estão lá, existem lá. E antes de qualquer coisa é preciso estar muito tempo, despir-nos, encontrarmos as gentes, perceber a linguagem e os símbolos.
Nesse encontro... nesse explicar muitas vezes quem somos, ouvir quem são, explicar outra e outra vez, ser questionado, ser abanado, perguntar, ser ferido, ser gostado.
Desse encontro...

Sair muito mais eu. Sair muito menos eu.

Utópica. Romântica. Optimista. Assim sim.

1 comentário:

Anónimo disse...

Lá, ou cá é assim que se faz, só assim deverá ser, valerá a pena viver: aprender sem impor, ser solidário ao ritmo do nosso próximo. A felicidade que nos retorna é deliciosa e para sempre.
Beijinhos do pai