08 março 2009

de cão?























Ouvi aquela voz que costuma ser resmungona,
agora leve... (não era para mim)
“Sabes eu nunca vivi nada assim...”
E perdi umas palavras.
“É um tipo de amor diferente. É um tipo de amor incondicional. É o amor que um cão tem por ti, sabes? Não pede nada em troca!”

Senti-me desconfortável e afastei-me.
Um cão? Raios... um cão?
Eu adoro cães, entenda-se.
Mas porque dizem as pessoas que procuram um amor com qualquer tipo de designação ou especificação? Como se procurar valesse de alguma coisa. Investidas e rituais. Sim, claro que sim. Que ficar quieto a achar que o IMPOSSÍVEL é a palavra de ordem é que não.
Mas aqui entre nós, quando acontece é, geralmente, um daqueles tropeções bem grandes que nos dá três voltas, mas mas nos faz aterrar milagrosamente de pés juntos e no maior dos sorrisos.


imagem de um filme inesquecível: Pierrot le fou (1965, Jean-Luc Godard)

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